
Lançamos projeto para recuperar a vegetação nativa do Rio Grande do Sul
Com a ajuda do governo do Rio Grande do Sul, o Projeto Reflora busca replantar as árvores que foram danificadas ou perdidas pelas inundações de 2024. Vamos plantar 6 mil mudas nas áreas que mais sofreram!
Na sexta-feira, 28 de março, no Palácio Piratini em Porto Alegre, juntamente com o governo do Rio Grande do Sul, demos o pontapé inicial oficial ao Projeto Reflora. Do que se trata? Queremos resgatar o “DNA” das árvores que estão em perigo ou que foram danificadas pelas inundações que atingiram o estado em 2024, e depois replantá-las no mesmo lugar, mas com “clones” genéticos da árvore original! Para isso, vamos investir mais de 7,5 milhões de reais.
Este projeto será realizado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), e durará cerca de 3 anos, começando em junho de 2025. A ideia é plantar 6 mil mudas de 30 espécies nativas nas áreas que foram muito afetadas pelas inundações no Rio Grande do Sul. As primeiras cidades onde vamos começar a trabalhar são: Guaíba, Barra do Ribeiro, Tapes, Rio Pardo, Butiá, Eldorado do Sul e Santa Maria.
Como vamos fazer isso? Primeiro, vamos procurar as árvores que têm danos na base do tronco e vamos coletar amostras de seu “DNA” no local. Para isso, vamos resgatar “propágulos”, que são pedacinhos da planta que podem fazer crescer uma nova árvore. Depois, o material é armazenado, plantado em um pomar indoor e submetido ao processo de enxertia, que nada mais é do que a conexão de duas plantas diferentes para que cresçam de forma única. Na sequência, temos o plantio em campo e o posterior florescimento, que graças a adoção da técnica ocorre entre 6 meses e um ano. Como resultado, são geradas sementes com alta variabilidade genética e prontas para o plantio nos locais onde ficavam as antigas árvores.
Antonio Lacerda, Diretor Geral da CMPC Brasil, disse: “Essa é uma iniciativa fundamental e uma oportunidade para reflorestarmos de forma mais rápida e efetiva as regiões atingidas no ano passado. O projeto também dá a oportunidade de implementarmos melhorias em nosso processo produtivo e genético aplicado nos hortos florestais da companhia para diversificação de espécies nativas e já adaptadas com as condições de cada região”.